Presente em todos os segmentos do comércio, a logística tem experimentado uma evolução significativa, impulsionada pelas inovações tecnológicas. Com isso, é fundamental entender o que esperar da logística do futuro.
A adoção dessas inovações tecnológicas estão gerando novas expectativas e padrões, pressionando as empresas a se adaptarem para não ficarem para trás. Parte dessa pressão vem dos próprios consumidores, que exigem produtos e serviços cada vez mais rápidos e de alta qualidade.
Para te ajudar a compreender o que pode mudar no setor nos próximos anos, reunimos a seguir quais são as principais tendências da logística do futuro.
12 tendências da logística do futuro
- Entrega antecipada
A entrega antecipada visa acelerar o processo de entrega ao cliente, elevando seu nível de satisfação e potencial de fidelização.
Nesse modelo, o produto é despachado do estoque antes mesmo de o consumidor concluir a compra, antecipando todo o processo logístico.
Esse método funciona como uma antecipação do processo de entrega: ao conhecer o perfil de consumo e as necessidades do cliente, a empresa inicia a entrega antes mesmo de a compra ser concluída. Assim, quando o cliente efetua a compra, a mercadoria já está próxima de ser entregue.
- Soluções last mile
As soluções last mile são outra tendência na logística do futuro. Esse conceito busca resolver os desafios enfrentados na etapa final da entrega de um produto ao cliente.
Nos grandes centros urbanos, as limitações espaciais e restrições de circulação muitas vezes dificultam o desenvolvimento de uma logística de transporte ágil e eficiente.
Para superar esses obstáculos, a melhor alternativa é recorrer a transportadoras que adotam estratégias de entrega last mile, garantindo que o produto chegue ao consumidor de forma mais rápida.
- Entrega por drones
A entrega por drones é outra tendência promissora na logística do futuro, especialmente para entregas em curtas distâncias. Essa alternativa se destaca por ser mais econômica, já que reduz a necessidade de intervenção humana.
Os drones são veículos aéreos não tripulados operados remotamente. Embora tenham sido amplamente usados por militares em operações de guerra no passado, a indústria agora adota essa tecnologia para aprimorar suas operações logísticas.
Pioneirizada pela Amazon, a utilização de drones elétricos se torna cada vez mais viável à medida que esses equipamentos são modernizados, aumentando sua autonomia de voo e capacidade de carga.
No futuro, as entregas por drones podem se tornar uma das principais soluções para transportadoras enfrentarem as dificuldades de locomoção nas grandes cidades, onde o trânsito é intenso.
Além disso, os drones podem ser utilizados para o monitoramento das operações de carregamento e descarregamento em armazéns, e até mesmo na gestão de estoque.
- Veículos autônomos
A ideia de veículos autônomos é futurista e promissora. A integração de diversas tecnologias permite o controle da direção de forma remota e automática, sem a necessidade de um motorista no interior do veículo.
Esse recurso opera com base em tecnologias que avaliam o percurso e traçam rotas inteligentes. Apesar de representar um grande desafio para o setor, a adoção de veículos autônomos promete aumentar a produtividade, acelerar as entregas e reduzir os custos.
- Logística reversa
Embora não seja uma novidade, a logística reversa tem evoluído significativamente nos últimos anos, exigindo ainda mais eficiência das empresas e consolidando-se como uma forte tendência para o futuro da logística.
Esse processo abrange não apenas a troca de produtos defeituosos, mas também o retorno de embalagens e resíduos resultantes das atividades comerciais, como as de indústrias, por exemplo.
Seja para garantir agilidade na devolução de mercadorias, seja para atender às exigências ambientais, é fundamental contar com empresas que implementem e aprimorem essa metodologia.
Além disso, muitos produtos como roupas, calçados e acessórios acabam sendo descartados após um tempo de uso, o que contribui para a emissão de CO2 e intensifica as mudanças climáticas.
Assim, as marcas que adotam práticas de logística reversa se destacam no aspecto ambiental, ajudando a mitigar os impactos negativos e promovendo um equilíbrio maior para o planeta.
- Logística Verde
A sustentabilidade é uma pauta central nos negócios atuais, e a crescente preocupação com questões ambientais destaca o conceito de logística verde.
Além de otimizar a logística reversa, práticas como o uso de embalagens ecologicamente corretas, a redução do desperdício, o apoio ao desenvolvimento local e a contratação de transportadoras com veículos equipados para reduzir a emissão de gases são fundamentais para implementar uma logística verde eficaz.
- IoT — Internet das Coisas
A Internet das Coisas (IoT) é uma tendência promissora que envolve a integração de dispositivos por meio da conexão com a internet.
Essa tecnologia permite o monitoramento em tempo real dos processos, a integração entre operações, o controle de etapas e a conferência de status de entregas, entre outras atividades relacionadas ao transporte e armazenamento de cargas.
Por exemplo, no setor logístico, a IoT permite que gestores integrem ferramentas que fornecem informações detalhadas sobre a gestão de frotas, como a localização exata dos veículos e as rotas planejadas. Esses dados são transmitidos via redes celulares ou Wi-Fi e podem ser acessados em plataformas online.
- Sensores de rastreamento
Relacionados diretamente à Internet das Coisas, os sensores de rastreamento de produtos estão se destacando como uma tendência no setor de transportes.
Embora ainda sejam uma novidade, esses sensores são particularmente úteis para cargas de maior valor agregado, permitindo o monitoramento e acompanhamento da rota em tempo real. As informações dos dispositivos são enviadas e visualizadas em mapas, proporcionando um controle mais preciso e eficiente das mercadorias.
- Blockchain
Originalmente criado para o mercado financeiro, o blockchain serve como uma base segura para a validação de transações no ambiente virtual.
Ele possibilita a migração de operações sensíveis para o ambiente digital, como a geração, assinatura e validação de documentos, a execução de pagamentos automatizados, e o acesso simultâneo a registros.
Além disso, o blockchain é fundamental para a implementação e crescimento dos "contratos inteligentes" — ou smart contracts —, que são protocolos informatizados capazes de executar processos de pagamento automaticamente, assim que os termos do contrato são cumpridos.
- Omnicanalidade
Os principais desafios da omnicanalidade incluem a capacitação adequada da equipe, a integração entre estoque físico e e-commerce, a oferta de uma boa experiência tanto online quanto offline, e um planejamento eficiente, entre outros.
No final das contas, o omnichannel é uma ferramenta destinada a atender às novas demandas dos clientes, e seu sucesso depende de um foco na experiência do usuário. Para isso, é essencial conhecer bem o cliente e adaptar o fluxo de operações à solução oferecida, alinhando-a ao modelo operacional da empresa.
- Economia colaborativa
Outra tendência importante para o futuro da logística é a economia colaborativa. Esse conceito promove o compartilhamento de recursos físicos, humanos e materiais entre diferentes empresas, com o objetivo de melhorar a qualidade e a eficiência dos processos, ao mesmo tempo em que se busca economia.
Embora ainda pouco aplicado no cenário nacional, a economia colaborativa tende a se expandir gradualmente com a digitalização dos serviços, facilitando a implementação de novos modelos de atuação, como o omnichannel, além de sistemas de gestão e serviços integrados que podem ser gerenciados por diferentes agentes em diversas localidades.
Um exemplo de economia colaborativa está no setor de transportes, onde sistemas informatizados conectam motoristas a empresas, permitindo o fechamento de fretes de forma mais ágil e produtiva para todos os envolvidos.
- Tomada de decisão com IA
O principal desafio na tomada de decisão baseada em inteligência artificial é o tratamento adequado dos dados.
Não basta apenas ter acesso a um grande volume de dados; é essencial realizar correlações, extrair informações e transformá-las em insights significativos para o negócio. Sem essa capacidade, os dados podem se tornar um recurso volumoso, mas sem utilidade prática.
Considerar variáveis como tempo, custo, pessoas e risco é fundamental para selecionar a melhor solução.
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